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O mesmo Deus

Atualizado: 23 de mar. de 2024

Todas as igrejas têm certamente o mesmo Deus, mas todas têm a mesma unidade de fé, quando se fala de comunhão e relacionamentos?


No Evangelho não existe essa doutrina de que a igreja considerada "pequena" na cultura religiosa deva ser submetida a uma hierarquia de uma igreja considerada "grande" na cultura religiosa, como se esta fosse a Cabeça da igreja menor. Essa presunção de se sentir superior aos demais irmãos para garantir a "cobertura espiritual" é algo carnal e não espiritual. É uma vaidade religiosa e que tem suas origens na cultura greco-romana.

O reino de Deus é espiritual e, nesse aspecto todos somos membros de um só corpo pq temos (ou devemos ter) a mesma fé, viver num mesmo espírito e amar AO MESMO DEUS. Mas, por quê uma igreja tenta ser superior à outra? Qual seria o fundamento bíblico no evangelho para tal presunção?


Pois bem, vamos falar sobre isso aqui neste artigo. A intenção deste artigo é ajudar as pessoas e os seus líderes a se voltarem para o Evangelho, uma vez que na realidade, a igreja no Brasil está cada vez mais disseminando doutrinas confusas, competitivas e sectárias. A prova disso é que as pessoas estão "desigrejando" cada vez mais e outras estão perdidas dentro de denominações religiosas confusas ou desviadas do Evangelho Bíblico.


A igreja deve se deixar contaminar com um modelo social passivo, hostil ou "competitivo"? A resposta é não. Não devemos nos moldar a esse movimento cultural dominante nas relações sociais ditadas pela sociedade moderna. E isso está biblicamente registrado em Romanos 12. Paulo, movido pelo Espírito Santo, não se esqueceu de citar isso: "não se acostumem", "não se conformem com este século".


Mas, e se isso não estivesse tão claro na Bíblia, como nos movimentaríamos?

A resposta é como seres humanos, sobretudo como filhos de Deus, portanto de uma mesma família espiritual, de acordo com a natureza de Deus, se relacionando de forma espontânea e não apenas de forma religiosamente formal, Institucional, numa comunicação sistemática e altamente hierarquizada e impessoal.


A superficialidade da comunicação


Será que a igreja hoje se relaciona apenas de forma religiosa ou metodológica?

A resposta para essa pergunta pode ser "sim" para a maioria e "não" para a minoria das igrejas. As comunidades menores em tamanho (não em fé), se relacionam de forma espontânea e informal. Mas, isso também pode acontecer nos pequenos grupos de grandes comunidades, caso haja ensino para isso.


Eu vi nas minhas missões urbanas e também interioranas, que nas igrejas metodológicas, os líderes e também os liderados se comunicavam apenas de maneira FORMAL, ou seja, de acordo com o método de comunicação e relacionamento INSTITUCIONAL da igreja.

Então, tenho visto vários grupos virtuais, avisos virtuais, pequenas reuniões formais na semana e nessas reuniões os líderes costumam trazer apenas o método de cima pra baixo de comunicação e de relacionamento, algumas pessoas comentam na reuniões formais e depois costumam ir para as suas casas, sem se relacionarem espontaneamente.


Já nos grupos virtuais, vejo poucas manifestações espontâneas, soa quase que proibida a fala sobre outros assuntos que não sejam o modelo religioso como por exemplo "vamos pescar?" ou "quem gosta de vôlei?". "Que tal uma pizza?", etc. Esse tipo de manifestação comum aos seres humanos parece receber um "cancelamento silencioso" quase que inexplicável! As igrejas estão perdendo o senso de relação livre? Estaria sendo religiosamente robotizada, em nome de um tal exagerado puritanismo ou humanismo meramente profissional?

As pessoas não se relacionam normalmente, apenas seguem um modelo institucional altamente programado para ser religiosamente impessoal.


A única explicação que eu tenho visto para esse tipo de comportamento na igreja é o medo. As pessoas tem medo de falar, de se expressar livremente porque parece que se sentem altamente vigiadas ou intimidadas pelo modelo político congregacional. E isso logo me lembrou as características de seitas. As seitas são altamente controladoras e levam as pessoas a se sentirem frágeis, menores e vulneráveis. Aonde há controle de expressões, existe também o medo, mas medo de quê, de se sentirem livres e espontâneos na comunicação e subjetivos nas relações humanas na igreja? Medo de não serem promovidos no sistema de bajulação religiosa? Vale lembrar que nem anjos desejaram a bajulação.


Quando o medo surge em qualquer ambiente, ao menos duas coisas podem estar acontecendo:

  1. Sectarismo em ação: O sectarismo representa uma ameaça real ao evangelho, uma vez que as crenças nos ensinos apostólicos são substituídos por crenças na hierarquia e promoção pessoal do líder da seita ou da estrutura organizacional que o sustenta. Os crentes são programados a seguirem uma carreira de hierarquia evangélica, o que não encontra fundamento no Evangelho. Hierarquia é uma obsessão que ilude cristãos "desalinhados" com o Evangelho. Os anjos tem hierarquia, o corpo de Cristo não tem.

  2. Alta necessidade de "aceitação": As pessoas precisam viver sendo "aceitas" como santas e úteis pelos líderes, e a forma de ter essa aceitação é não se manifestar fora do programa de relacionamento formal ou não contrariar o líder ou o ensino particular da liderança, sob pena de punição ou isolamento social. Assim, elas passam a ter medo de ter comunhão verdadeira, sendo que biblicamente a comunhão é uma das principais características das igrejas de todas as eras! O apóstolo Paulo deixou esse ensino verdadeiro sobre o Evangelho, em Efésios 5:15-22:


A comunicação virtual não substitui a comunicação pessoal.


Geralmente quando eu vou em alguns eventos de igrejas, geralmente eu tenho mais facilidade de conversar e me comunicar com as crianças da comunidade do que com os crentes adultos.

Isso porque é comum ver os adultos querendo participar do evento mais do que se relacionar como irmãos em Cristo, você Já chegou a observar isso também?


Os adultos passam com celulares nas mãos e as caras e olhos nas telinhas e nem se dão conta de que tem um ser humano ao lado (um irmão seu) para falar, conversar, comunicar, conhecer, fazer amizade, se relacionar, enfim, ter comunhão de verdade. O mundo das relações virtuais é esquisito, porém a esquisitice é considerada normal.


Será que a igreja de hoje quer saber apenas de fazer poses para as redes sociais e nada mais do que isso? Será que as pessoas foram reprogramadas para não se falarem pessoalmente nas relações sociais? A resposta é sim! Houve uma reprogramação mental para se relacionar nesse novo mundo, mas esse novo modelo de se tratar quase não tem benefícios que os justifiquem. A igreja não é deste mundo.


Termino esse pequeno artigo deixando uma pequena reflexão:


1.Como é na sua igreja? Você tem medo de falar, de se expressar, de se comunicar e de se relacionar com os irmãos da comunidade? As pessoas só conversam assuntos doutrinários da organização e nada mais?


2. A sua comunhão é apenas Institucional, ou seja, você se relaciona e se comunica apenas formal e religiosamente, seguindo o modelo da sua instituição religiosa em suas programações semanais como o ritualístico e os grupos pequenos, porém formais na relação?

A comunicação institucional não gera comunhão, nem relacionamentos, nem amizades, nem unidade, nem fraternidade, nem empatia, etc. A rigor, a comunicação institucionalizada segue parâmetros IMPESSOAIS, ou seja, fora do padrão de relacionamento e comunhão doutrinado por Jesus e seus apóstolos. Uma igreja que não se relaciona naturalmente não é uma comunidade, é apenas um lugar para assistir e ouvir coisas. E isso não confere com o modelo de igreja bíblica. Não combina com o Evangelho.


3. A sua relação com a igreja, ou seja com o corpo de Cristo na cidade, é apenas virtual ou inexistente?

A relação meramente virtualizada é o grande mal do século por exercer uma característica a qual o cristão não foi nomeado pelo evangelho: a superficialidade da comunicação.

Mas, a igreja foi nomeada para gerar vínculos de amizades não artificiais (Ef. 5:19-21). A necessidade da igreja de Cristo voltar a se comunicar verbalmente e visualmente tem urgência porque Deus nos criou para falar e conviver assim, em família.


4. Como você vê a igreja de outra denominação, vê como "co-irmã" em Cristo ou como uma "concorrente religiosa" ou um clube de futebol?

A concorrência é uma introdução humanista inserida na igreja de Cristo de nosso tempo, contudo, ao voltarmos para o evangelho bíblico, iremos aprender a ter COMUNHÃO em vez da competição. No evangelho, quando Paulo notou a competição na cidade de Corinto, ele exortou a igreja da seguinte forma:


" Acaso Cristo está dividido?" (1Cor1:13).


5. Na igreja bíblica o interesse maior era TER comunhão ou apenas IR à missa?


6. A programação de sua igreja é mais importante para vc do que a comunhão com os irmãos?


7. Você se sente numa comunidade isolada de tudo? Sobre isso em Salmo lemos:

" Deus faz com que o solitário viva em família" (Sl. 68:6).

Pra pensar né mesmo?


Até lá e boas amizades dentro de sua comunidade se puder e não se esqueça de se comunicar e se relacionar como um corpo espiritual com as igrejas co-irmãs! Afinal, não somos clubes de competições! Somos um Corpo e Família, a família de Deus, O MESMO DEUS!

😉


Até uma próxima!

 
 
 

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